segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Casa do Caminho



Hoje vou falar um pouquinho da Associação "A Casa do Caminho", que tive o prazer de visitar e efectuar um pequeno estudo teórico/prático, juntamente com outros colegas, a Joana, a Ludovina, o Emanuel e a Sónia. Esta Instituição tem por objectivo, o acolhimento temporário de crianças, com idades compreendidas entre os 0 e 3 anos, vítimas de maus tratos, negligência ou quaisquer outras formas de violação do seu desenvolvimento e/ou dos seus direitos, até à sua adopção, tutela ou reequilibro da situação familiar.
Os representantes da instituição esforçam-se para que o ambiente seja o mais familiar e equilibrado quanto possível, nesta situação da institucionalização...A tentativa desta Instituição é a de proporcionar os cuidados básicos e essenciais aos pequeninos seres que não foram bafejados pela sorte de terem uma família que os aceitasse e amasse. Este Centro de Acolhimento temporário sempre é melhor que os maus tratos e abandono. A situação ideal é sem dúvida a vinculação no seio familiar, com amor, protecção,etc...mas na falta de todos estes cuidados.
Os estudos que fizemos e nos fundamentandos (a Teoria do Apego) , salientamos a importância da ligação emocional que se desenvolve entre o bebé e a pessoa que dele cuida, orientando e acompanhando o desenvolvimento afectivo, cognitivo e social da criança. A partir de uma perspectiva etológica, Bowlby (1990) constatou que os bebés apresentam um “período sensível”, em que se encontram mais disponíveis e receptivos para formar vínculos com as suas mães. Dessa maneira, eles concretizam e revelam esse vínculo/apego, através de diferentes comportamentos, por exemplo, sorrir, chorar, olhar em direcção à mãe, estender os bracinhos, buscando proximidade e contacto físico. Todos estes gestos destinam-se, segundo Bowlby, a atrair a mãe para junto deles, especialmente no caso dos recém-nascidos,ou , em direcção inversa , a conduzi-los para perto da sua mãe.
Dizer que uma criança tem apego por alguém significa que ela está fortemente disposta a buscar proximidade e contacto com uma figura específica. Tal comportamento ocorre, principalmente quando a criança está cansada, assustada, ou doente.
Segundo Lebovici (1987) quando a relação vinculativa entre a mãe e a criança está bem, a criança sente-se satisfeita, acarinhada e segura; porém, se esta relação de alguma forma for ameaçada, surgem sentimentos de medo ansiedade e angústia.
No caso da privação materna, seja este afastamento de ordem física ou emocional, as consequências são inúmeras, quer ao nível físico, nível intelectual e nível social, podendo, inclusive, originar o aparecimento de doenças físicas e mentais (Oppenheim, Koren & Sagi, 2001).
Desta forma, uma criança que tem pais afectivos e vive em um lar bem-estruturado, no qual encontra conforto e protecção, consegue desenvolver um sentimento de segurança e confiança em si mesma e em relação àqueles que convivem com ela (Bowlby,1990).
Do contrário, conforme o autor, se uma criança cresce em situação irregular (afastada da vida familiar), pressupõe-se que sua base de segurança tende a desaparecer, o que pode prejudicar suas relações com os outros, havendo, assim, prejuízos nas demais funções de seu desenvolvimento.
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