"As fragilidades da memória são universais na experiência humana" (Squire e Kandel, 2003: 90)

A Doença de Alzheimer é a forma mais frequente de demência. Acontece e não só aos outros: quando menos esperamos ,"bate-nos " à porta sem permissão...O meu meu pai sofre desta miserável doença...tem sido um processo lento, mas devastador para nós (família).

Nunca estamos preparados ... quando vemos os que amamos a perderem-se nas profundezas da amnésia e do esquecimento...É a frustração, a perda da identidade, do conhecimento e do reconhecimento do outro, inclusive dos próprios filhos! É o "grande buraco", o vazio sem retorno...A Doença de Alzheimer consiste na morte das células do cérebro, causando o esquecimento total ou parcial, deixando só de vez em quando um feixe de memória, mas vago.

A evolução da doença é muito lenta e de difícil identificação no início. A princípio só nos parecia confuso e cansado; com o tempo, verificámos perturbações de memória. Hoje sabemos que a doença já se manifestava há anos. A incidência da Doença de Alzheimer aumenta com o avançar da idade, mas pode atingir pessoas mais novas.
Neste momento, o déficit de memória do meu pai para factos recentes já começa a ser notório; a memória retrógrada, as recordações mais antigas, são as que vão prevalecendo.

Oxalá se descubra brevemente a cura ou o processo para travar a evolução de tão horrorosa doença... Bem diz o ditado popular e eu subscrevo-o : "Que Deus nos dê o juizinho até à hora da nossa morte!!!".