quarta-feira, 24 de outubro de 2007

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Dor/Doença Crónica


A dor faz parte do desenvolvimento do ser humano, a sua informação primordial é alertar e informar para um desiquilibrio na estabilidade do organismo . Quando a dor persiste denomina-se de dor crónica. As estatísticas apontam que em Portugal 2 mihões de pessoas sofrem de dor crónica, desde musculos-esqueléticas, dores de cabeça intensas e contínuas, doentes com fibromialgia, ou outras .Mais do que um sintoma, a dor crónica torna-se uma doença, sendo o controle desta, o objectivo primordial. A incapacidade que advém desta " doença" crónica, bem como os efeitos associados ao seu aparecimento são de ordens diversas como: familiares, sociais e financeiros , além do sofimento contínuo das pessoas. As alterações vivenciadas pelo paciente são imensas e podem incluir : a imobilização e consequente enfraquecimento muscular e imunitário podendo desta forma contrair novas doenças; distúrbios do sono; dependência medicamentosa; dependência exagerada da família e de profissionais da saúde; menor rendimento no local de trabalho ; invalidez; tendência para o isolamento do meio social e familiar; ansiedade, medo, frustração, depressão ou mesmo suicídio. O meu pensamento de hoje vai no sentido de todos aqueles que sofrem e são incompreendidos. Porém, as dificuldades a nível psicológico não devem ser descuradas. Muitas pessoas enfrentam a perda de um corpo saudável e, para alguns, as diferenças no funcionamento corporal a que estavam habituados levam a uma perda de autonomia que é sentida com sofrimento, surgindo a necessidade de uma nova readaptação na sociedade. A qualidade de vida das pessoas afectadas fica, directa ou indirectamente, drasticamente diminuída, pelo que o Psicólogo adquire aqui uma enorme importância, pois possui competências para utilizar uma série de técnicas terapêuticas psicológicas que permitam à pessoa com dor crónica melhorar a sua qualidade de vida. Há técnicas utilizadas de acordo com as necessidades da pessoa que sofre de dor crónica, para ajudá-la a aliviar ao máximo o seu sofrimento e porque apesar da dor ser algo comum no ser humano, cada pessoa tem uma forma muito particular de a sentir.
É um facto, a dor crónica priva, induz milhares de pessoas à incompreensão dos seus achaques( físicos e mentais), das suas "infelicidades", ainda incompreensões. Os médicos , sempre com pouco tempo, não conseguem diagnosticar com precisão as queixas dos pacientes que carregam um fardo pesadíssimo, a "dolorosa" maleita , os pacientes lá vão andando de médico em médico até que algum se interesse plenamente pelas suas queixas.
O mesmo se passa em relação à saúde mental...é um mal generalizado...penso que no futuro algumas alterações deveriam ser feitas.
Perde-se tempo e dinheiro...nem os médicos fazem convenientemente o seu papel nem os doentes têm o privilégio de poderem confiar no seu trabalho...(não há regra sem excepção).