segunda-feira, 14 de maio de 2007

Humanização médica...


A postura muitas vezes arrogante de alguns médicos, atitudes rudes, a falta de paciência para escutar o paciente, são as queixas e falhas mais frequentes. Ainda a falta de comunicação, de humanização, de sensibilidade acerca do estado de saúde , respectivos prognósticos são, sem dúvida, muito desencorajadores para o doente. Para ser mais precisa o paciente mal tem tempo de se sentar na cadeira ... Tocar e olhar o paciente, perguntar-lhe como se sente ?...Não isso já não se usa... O importante são as médias de 19, QI elevados, pessoas ditas inteligentes...o resto não é essencial... Infelizmente, a formação médica é eminentemente organicista, faltando, para a maioria dos médicos, uma visão mais ampla do homem como sujeito psicossomático. De um modo geral, os médicos atribuem a si o objectivo de assegurar a vida e evitar a morte de qualquer forma. Por exercerem tão nobre profissão, confundem-se numa ilusória onipotência. Outras dimensões precisam ser consideradas no tratamento e na relação médico/paciente. O sofrimento humano vai além do físico e do corpo. Os aspectos subjectivos, psicológicos, afectivos, emocionais, espirituais, são interdependentes e expressam-se no corpo carente, sofrido, em dor. A doença é uma forma de expressão que não pode ser desprezada nem substituída por um olhar e escuta apenas efectuados teconlogicamente. A linguagem do corpo precisa ser entendida como um todo, holisticamente.
Há médicos e médicos não se pode generalizar, mas são cada vez menos os que se interessam realmente pelos seus pacientes e fazem o seu verdadeiro papel, tratar, escutar e elucidar o "cliente" em relação aos seus problemas... Estes seres humanos que se profissionalizaram em medicina deveriam ser pessoas amáveis, respeitarem o juramento que fizeram . Mas também sabemos que muitos destes profissionais escolheram esta carreira não por amor ao próximo, nem à profissão, mas sim por amor ao prestígio e ao poder que também inclui o financeiro,(como é do conhecimento geral A SAÚDE é uma área que resulta em benefícios económicos, sociais e financeiros muito elevados) .
.

1 comentário:

Ludovina Azevedo disse...

A eficácia da medicina depende muito da relação médico - paciente.Relação essa que deve ser natural, sincera, sem constrangimento de palavras, sem omissão de sintomas, sem vergonha..Para que esta se concretize tanto o médico como o paciente devem saber ouvir,olhar nos olhos, tentar entender...Ora, os médicos na sua maioria isolam - se de um mundo em redor durante anos...as competências sociais e de atendimento não aparecem...de facto não podemos generalizar, é como tudo na vida.Mas convinhamos que estamos a falar da saúde das pessoas e não de um pneu do carro que furou. Se a nós, alunos de Psicologia e psicólogos, nos compete acabar com o mito que quem vai ao psicólogo é maluco ( e esta história por si só é muito muito longa...),aos estudantes de medicina e médicos cabe - lhes o papel de interiorização que não se brinca com coisas sérias ( até porque muito dos estudantes revoltados hoje com a história das médias, quando de futuro estiverem no poleiro esuqecerão o passado sombrio...)
Um abraço.